O vício em trabalho afeta seus relacionamentos
Nem sempre é fácil identificar quando alguém trabalha muito por necessidade ou porque é um workaholic. Nos dias de hoje, um workaholic pode ser tanto um homem como uma mulher. Você é viciado em trabalho ou convive com alguém com este perfil?
Pesquisas sobre o tema são feitas desde a década de 70. Especialistas das áreas da psicologia e psiquiatria, ainda naquela época, concluíram que o vício em trabalho é idêntico ao vício em cocaína ou álcool, onde a mola-mestra é a compulsão.
Para o workaholic o trabalho é o pano de fundo da sua vida. Ele torna-se obsessivo pelo trabalho que, muitas vezes, é motivado por sentimentos negativos. Ele gosta de competir e busca poder e status, algo bem diferente daquele que trabalha porque gosta e encara o trabalho com interesse e seriedade.
Poucos se dão conta de que a sociedade desaprova drogados e bêbados, mas aprova e até aplaude quem trabalha muito. O psicólogo Bryan Robinson certa vez definiu o vício em trabalho como o “ problema de saúde mental mais bem vestido”. E ele tem toda razão.
Para muitas pessoas, trabalhar cerca de 12 horas por dia e perder finais de semana inteiros envolvidos em algum projeto, muitas vezes, consciente ou inconscientemente, pode representar fuga de problemas íntimos ou familiares.
O workaholic canaliza a maior parte da sua energia no trabalho, sacrificando o lazer e as relações pessoais. Em geral ele racionaliza demais, esquece dos próprios sentimentos e tem um contato mínimo com as suas necessidades básicas e com os seus conflitos. Quase sempre só presta atenção em si mesmo, tornando-se egoísta e individualista.
Um estudo publicado em 1999 pela University of North Carolina at Charlotte, nos Estados Unidos, mostrou que os divórcios são duas vezes mais comuns entre aqueles casais em que um dos dois é workaholic.